Nos últimos anos, uma série de estudos avançou os métodos de hoje para estimar a massa em dinossauros extintos. Inferir a massa corporal de dinossauros não aviários, por exemplo, fornece uma ferramenta para que possam interpretar propriedades fisiológicas e ecológicas do animal.
Em um novo estudo os pesquisadores do Museu Real de Ontário e Universidade da Nova Inglaterra lançam uma luz sobre o tópico há muito tempo debatido sobre o peso dos dinossauros extintos.
A pesquisa do time foi publicada em 1 de setembro na revista Biological Reviews (2020) com o título "A exatidão e precisão da estimativa da massa corporal em dinossauros não aviários". Envolveu uma revisão de várias técnicas para estimar a massa corporal dos dinossauros extintos que foram usadas por mais de um século.
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| Os dinossauros atingiram uma variedade de tamanhos durante a Era Mesozóica. Comparação de um ser humano com os dinossauros. (Foto: Vitor Silva) |
Estimar a massa de um animal como tiranossauro rex não é uma coisa fácil de se fazer, sendo ele uma criatura que deu seu último suspiro há cerca de 66 milhões de anos e apenas vestígios de seus ossos permecem hoje.
Foi um enorme desafio sobre a engenhosidade dos paleobiólogos. As estimativas científicas da massa do maior predador terrestre de todos os tempos diferiram substancialmente, variando de cerca de três toneladas a mais de 18 toneladas enquanto esteve vivo.
A equipe de pesquisa teve como liderança o Dr. Campione, membro do Centro de Pesquisa em Paleociência da Universidade da Nova Inglaterra. Eles fizeram uma compilação e revisaram também um banco de dados de estimativas de massa corporal de dinossauros que remontam ao ano de 1905, para avaliar se as diferentes abordagens para calcular a massa dos dinossauros estavam esclarecendo ou complicando a ciência.
"O tamanho do corpo, em particular a massa corporal, determina quase todos os aspectos da vida de um animal, incluindo sua dieta, reprodução e locomoção", disse o Dr. Campione.
O método de dimensionamento ósseo, que se baseia em relações obtidas diretamente de animais vivos, fornece uma medida de precisão, que geralmente é baixa; reconstruções que consideram todo o esqueleto podem fornecer maior precisão, mas sua exatidão é desconhecida. Isso ocorre porque as reconstruções dependem de ideias subjetivas sobre a aparência de animais extintos, que mudaram consideravelmente com o passar dos anos e do tempo.
Os pesquisadores sugeriram que um tiranossauro rex adulto por exemplo, teria um peso de cerca de sete toneladas, uma estimativa consistente com as abordagens de reconstrução e de dimensionamento ósseo do membro.
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| Imagem mostra comparações de abordagens e reconstruções de dinossauros projetadas na circunferência do membro para a relação de escala de massa corporal de mamíferos e répteis vivos nos dias de hoje. (Foto: Dr. Nicolás Campione) |
Mas a pesquisa enfatiza também sobre a imprecisão de tais valores únicos e a importância de incorporar a incerteza nas estimativas de massa, até porque os dinossauros, como os humanos, não vieram em um pacote bem organizado. As margens sugerem um peso médio mínimo de pelo menos cinco toneladas e um peso médio máximo de 10 toneladas para o rei dos dinossauros.
Os pesquisadores recomendam que trabalhos futuros que buscando estimar os tamanhos dos dinossauros mesozóicos e de muitos outros animais extintos, precisam integrar melhor as abordagens de dimensionamento e reconstrução para colher seus benefícios.
Este estudo resume ambas as abordagens para estimativa de massa corporal em dinossauros não aviários.