As galinhas domesticadas têm cérebros menores

As galinhas são as aves mais comuns na Terra hoje em dia, elas estão por todos os lados. Atualmente, existem mais de 20 bilhões de frangos no planeta. Todos eles vieram de uma espécie de galinha conhecida como Galo-banquiva, originalmente é encontrado no sudeste da Ásia. Esta mesma espécie foi domesticada por humanos cerca de aproximadamente 10.000 mil anos atrás.


Os resultados dos pesquisadores no estudo mostram que quando os nossos ancestrais selecionaram os frangos mais mansos para reprodução, eles podem ter selecionado pássaros com um cérebro diferente, um que pode ter sido mais adequado para uma vida entre os humanos. Os resultados da equipe foram publicados em 26/08 na Royal Society Open Science


Galo-banquiva, ave que vive em florestas subtropicais e tropicais. Ele representa o ancestral da galinha doméstica. (Foto: Per Jensen)

Os pesquisadores da Universidade de Linköping, uma instituição na Suécia, sugerem um processo pelo qual aves selvagens da floresta tropical poderiam se tornar as galinhas domesticadas de hoje em dia. Eles selecionaram as aves selvagens vermelhas por 10 gerações para níveis divergentes de medo em relação aos humanos e também medimram o tamanho e a composição do seu cérebro, junto com aprendizado de preferência de lugar condicionado em seus filhotes.


Um dos pesquisadores o professor Per Jensen e Rebecca Katajamaa começaram com um grupo de galinhas de espécie Galo-banquiva selvagens e selecionaram como pais os pássaros que mostraram menos medo de humanos em um teste padrão. O experimento de melhoramento da equipe foi conduzido por 10 gerações. Os pássaros que mostraram maior medo de humanos foram colocados em um segundo grupo. 


O medo em relação aos humanos foi determinado em um teste comportamental dos pesquisadores padronizado quando as aves tinham pelo menos 12 semanas de idade.


Um resultado inesperado da criação da equipe foi que os cérebros das aves domesticadas se tornaram menores em relação ao tamanho do seu corpo, o que aconteceu com as galinhas domesticadas modernas durante o processo de domesticação. Essa mudança foi pronunciada no tronco cerebral, uma parte primitiva do cérebro que está envolvida, em certas reações de estresse. 


Os cientistas também realizaram dois experimentos comportamentais para determinar se a diferença no tamanho e na composição do cérebro afetava a capacidade de aprendizagem das aves estudadas. Em um dos testes investigou-se a rapidez com que os pássaros se acostumaram a algo que poderia ser considerado muito assustador, mas que na verdade não era perigoso. Os pássaros domesticados se acostumaram e pararam de reagir ao estímulo de maneira significativamente rápida.


Os cientistas descobriram também que a proporção do peso do cérebro em relação ao peso corporal e a proporção do tamanho da região do tronco cerebral em relação ao tamanho total do cérebro diminuíram conforme as respostas correlacionadas à seleção para aumento da mansidão em aves selvagens vermelhas estudadas.

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