Análise em 3D de um dinossauro saurópode revela detalhes de desenvolvimento embrionário

Uma análise em 3D em um embrião de saurópode de 80 milhões de anos revelou, que o crânio dos embriões dos dinossauros era bastante diferente em relação aos espécimes mais adultos.


Os primeiros embriões de dinossauros encontrados dentro de ovos de megaloolitídeos de Auca Mahuevo, Patagônia, na Argentina há cerca de 25 anos atrás. Foram atribuídos a esses dinossauros titanossauros saurópodes que viveram há aproximadamente 80 milhões de anos pela região.


Eesses espécimes consideravelmente achatados ainda são os únicos restos embrionários inquestionáveis ​​de um antigo dinossauro saurópode. O primeiro crânio embrionário do dinossauro é relatado pelos pesquisadores em um estudo publicado na revista Current Biology (2020). 


Perspectiva em imagem ampliada do crânio embrionário de Titanosaurian junto com uma reconstrução 3D do crânio. (Foto: Kundrat et al. / Current Biology)

A descoberta da equipe contribuiu para uma boa compreensão do desenvolvimento dos dinossauros saurópodes, um grupo de dinossauros caracterizado pelas suas caudas longas e pequenas cabeças.


O embrião foi encontrado dentro de um ovo com casca espessa juntamente com uma assinatura geoquímica. Os ossos cranianos são comparativamente ossificados como em espécimes descritos anteriormente, mas diferem em anatomia facial e tamanho. A nova amostra revela heterocronia significativa nas ossificações cranianas, quando comparada com embriões sauropodomorfos não saurópodes. 


O novo espécime de dinossauro embrionário também é da Patagônia, embora a equipe considere que sua origem seja conhecida.
O ovo foi exportado ilegalmente do país e só foi levado ao conhecimento dos pesquisadores da (TWM). As descobertas dos pesquisadores também sugerem que os saurópodes mais jovens tinham cabeça e rosto especializados, que se transformavam à medida que os jovens dinossauros se tornavam adultos. 


O pesquisador Martin Kundrat, do Laboratório PaleoBioImaging da Universidade Pavol Jozef Šafárik, e sua equipe usaram uma nova tecnologia de imagem chamada microtomografia síncrotron para estudar a estrutura interna dos ossos, tecidos moles e dentes do antigo dinossauro embrionário encontrado.


Varreduras foram usadas por Kundrat e pelo co-autor Daniel Snitting, da Universidade de Uppsala, Suécia, permitindo que eles encontrassem detalhes escondidos, por exemplo, pequenos dentes preservados em minúsculas cavidades mandibulares.


O crânio do embrião de Titanossauro juntamente com uma reconstrução do crânio 3D e da cabeça. (Foto: Kundrat et al. / Current Biology)

As descobertas da equipe sugerem que os bebês saurópodes podem ter eclodido do ovo com a ajuda de uma protuberância espessa. Também descobriram algumas evidências de que os dinossauros embrionários usavam cálcio derivado da casca de seu ovo muito antes de estarem prontos para eclodir.


Os pesquisadores conseguiram reconstruir a aparência plausível do crânio de saurópodes titanossauros antes da eclosão, isso foi permitido graças às varreduras que foram feitas.


Após a preparação de restos embrionários expostos e a preservação do espécime, Terry Manning, um coautor do estudo, concordou em enviar este fóssil para o "Museu Municipal “Carmen Funes" na Plaza Huincul, província de Neuquén, na Argentina, onde o espécime foi catalogado.

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