Estudo examina o impacto da guerra nuclear nos oceanos

De acordo com um estudo realizado pela Universidade do Colorado e a Universidade Rutgers, uma guerra nuclear, não teria apenas consequências devastadoras e catastroficoas para a vida humana e terrestre, mas também pode afetar os oceanos.


O estudo foi publicado em fevereiro deste ano na revista Geophysical Research Letters (2020). Ele explora uma ligação até hoje desconhecida: como um conflito entre países com potências nucleares pode mudar a química dos mares do mundo. 


Nicole Lovenduski, autora principal do estudo e seus colegas descobriram que a fumaça gerada pela detonação de ogivas nucleares  poderia mudar os padrões de acidificação dos oceanos por todo o mundo.


A bomba Castle Romeo com uma gigantesca nuvem de cogumelo sobre o céu. Romeu foi o terceiro maior teste nuclear já detonado pelos EUA com 11 megatons. (Foto: Departamento de Energia dos Estados Unidos)


Nesse esforço, os pesquisadores queriam entender melhor o potencial, e os custos da guerra nuclear no mundo. Para ir mais fundo no estudo, a prof. Lovenduski e seus colegas examinaram uma série de possíveis conflitos nucleares de várias magnitudes. Eles incluíam por exemplo, uma guerra hipotética entre a Índia e o Paquistão.


A equipe descobriru que a precipitação viria em dois estágios. Logo após uma guerra nuclear entre países, a acidez dos oceanos do mundo provavelmente cairia. Ainda mais em cerca de três a cinco anos após a queda das bombas, outra coisa poderia acontecer no mar: a água salgada do mundo começaria a sugar mais dióxido de carbono do ar, e isso não seria bom.


Os resultados da equipe sugerem que o conflito nuclear regional pode ter ramificações para a acidificação global dos oceanos por todo o mundo.

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