O apoio técnico do INPE na atualização do Atlas da Mata Atlântica

Foram desmatados 14.502 hectares na Mata Atlântica entre 2018-2019. A notícia boa é que os Estados de Alagoas e o Rio Grande do Norte conseguiram zerar o desflorestamento e outros 7 estados estão bem mais próximos de zero desmatamento.


Entre 2018-2019 foram desflorestados um total de 14.502 hectares, crescimento de 27,2% comparado com o período anterior 2017-2018, quando foram desmatados 11.399 hectares. As informações atualizam o Atlas da Mata Atlântica, iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ou (INPE). 


(Foto: Pixabay)


Mais uma vez estado com o número maior de desmatamento foi Minas Gerais, que teve uma perda de quase 5.000 mil hectares de floresta nativa. A Bahia ficou em segundo lugar, com 3.532 mil hectares, seguido pelo Paraná, com 2.767 mil. Os três líderes do ranking tiveram aumento de desflorestamento de 47%, 78% e 35% respectivamente, ao comparar com o período anterior. O quarto e em quinto lugares da lista, estão Piauí e Santa Catarina, que tiveram uma redução do desflorestamento em relação ao período 2017-1018 de 26% e 22%. Piauí somou 1.558 mil hectares desmatados e Santa Catarina 710 hectares. A Tabela 1 mostra os valores de desmatamento encontrados para cada um dos estados.


Tabela 1 mostra os valores de desmatamento no período entre 2018 3 2019 encontrados para cada um dos estados. (Foto: INPE)


Os estados de Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo, apresentaram valores muito baixos, chegando até a zerar o desmatamento como Alagoas e Rio Grande do Norte. A Figura 1 e a Tabela 2 mostram a evolução dos desmatamento no bioma desde o início do projeto em 1985.


Tabela 2 mostra os valores de desmatamento no período entre 2018 3 2019 em comparação aos períodos anteriores.
(Foto: INPE)


Sobre o Atlas da Mata Atlântica


O Atlas da Mata Atlântica é uma iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitora o bioma desde 1985, disponibilizando dados da série histórica do desmatamento no bioma Mata Atlântica.


O estudo fundamenta-se na identificação de remanescentes florestais em estágios primário, médio e avançado de regeneração com ao menos 3 hectares de área contínua bem preservada, que são essenciais à conservação da biodiversidade no longo prazo. Sendo assim, florestas nativas menores de 3 hectares, áreas muito alteradas, ou em regeneração, e pequenas manchas, especialmente no espaço urbano, não são contabilizadas. Esta área mínima de 3 hectares também justifica-se pela necessidade de manter a compatibilidade com os dados históricos que permitem a comparação e monitoramento das alterações dos fragmentos florestais ao longo do tempo.


Esse estudo teve o patrocínio do Bradesco Cartões e execução da Arcplan, sendo o INPE responsável pelo suporte técnico para a execução dos mapeamentos.

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