Estudo diz que nos antigos reservatórios maias continham altos níveis de poluição tóxica

Os pesquisadores da Universidade de Cincinnati, Estados Unidos informaram ter encontrado altos níveis tóxicos de poluição em dois reservatórios centrais em Tikal, ao norte da Guatemala.


Os reservatórios na antiga cidade maia de Tikal estavam poluídos com algas e mercúrio e a água não era potável, de acordo com os pesquisadores. A cidade de Tikal era uma das maiores cidades Maias na Guatemala e hoje é Patrimônio Mundial da Unesco. Ela fica localizada na Bacia de Petén.


As descobertas da Universidade sugeriram  que as enormes secas que ocorrerem ao longo no século IX na região provavelmente contribuíram para o despovoamento e abandono da cidade. O estudo completo foi publicado na revista Nature Reports


A antiga cidade de Tikal ao norte da Guatemala. (Foto: Ickandgak / Pixabay)


Os ex-habitantes da cidade de Tikal, tinham toda a água potável em abundância de reservatórios próximos que permaneceram sem contaminação, descobriram eles.


Eles examinaram camadas de sedimentos ainda quando Tikal era uma cidadeb florescente e abundante.


Amostras de alguns dos sedimentos foram coletadas durante escavações realizadas entre 2009 e 2010 em quatro reservatórios de Tikal.


No estudo, eles fizeram uma análise de geoquímica e descobriram que dois dos reservatórios próximos ao do templo e do antigo palácio continham altos níveis tóxicos de mercúrio. Também conseguiram rastrear os tipos de pigmentos usadas pelos maias.


Hoje, acredita-se que os maias usavam sua próprios compostos de mercúrio, com a cor vermelha, para decoração de ornamentos arquitetônicos, atividades rituais, entre outros.


Sedimentos dos reservatórios mais próximos do palácio e templo de Tikal mostraram evidências de algas tóxicas conhecidas como cianobactérias. Para quem não sabe as cianobactérias são um grupo de bactérias terrestres que obtêm sua energia através da realização de fotossíntese.


Estudante da Universidade de Cincinnati, descendo de um dos reservatórios de Tikal. (Foto: Nicholas Dunning / Universidade de Cincinnati)


Mas os pesquisadores não encontraram evidências dos mesmos poluentes nos sedimentos de reservatórios mais distantes chamados Perdido e Corriental, que provavelmente forneceram água potável para os moradores da cidade durante o século IX.


Os pesquisadores acreditam também que uma combinação de fatores levaram as pessoas a deixar a cidade e suas fazendas da cidade.


Um exame do sedimento do reservatório de Tikal usando uma técnica chamada de espectrometria de fluorescência de raios X descobriu que o mercúrio não penetra na água a partir da rocha subjacente. 


A equipe está planejando retornar à Península de Yucatán para buscar mais respostas e evidências sobre esse notável período da civilização na região. 

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