Enzima única é responsável por diferenças de cor de plumagem de gênero em canários

Um grupo de pesquisadores afiliados em instituições nos EUA e em Portugal descobriram que uma única enzima é responsável pelas diferenças de cores das plumas baseadas em gênero nos pássaros  canários. 


Eles descrevem a busca mais estreita pelos fatores envolvidos nas diferenças de cores baseadas em gênero nos canários e o que eles encontraram. O artigo é publicado na revista Science


Os cientistas sabem que todos os fatores genéticos desempenham um papel nas diferenças de cores da plumagem em pássaros machos e fêmeas, mas os mecanismos genéticos envolvidos ainda são muito pouco compreendidos. 


(Foto: jrperes)


Então, os pesquisadores se propuseram a aprender mais sobre o processo cruzando canários e estudando seus genes.


Os pesquisadores estudaram os tipos de espécies de canários de siskin vermelho e canários comuns. O siskin vermelho tem o dicromatismo sexual, enquanto os canários comuns de dois sexos masculino e feminino são da mesma cor. 


Os filhotes produzidos quando cruzados são chamados de canários em mosaico. Os pássaros foram cruzados na pesquisa para ajudar na identificação de genes envolvidos na produção de diferenças de cores de plumagem específicas de gênero, como os canários em mosaico são dicromáticos. 


Os pesquisadores fizeram cruzamento repetidamente em mosaicos com canários comuns para diminuir as possibilidades de genes.


Essa abordagem permitiu que eles reduzissem a lista de possibilidades até restar apenas um gene: BCO2, que codifica a produção da enzima β-caroteno-oxigenase 2. Eles encontraram um papel na quebra do pigmento laranja-avermelhado β-caroteno, que produz as cores nas penas dos pássaros. 


Os pesquisadores descobriram que a diferença entre os mosaicos masculino e feminino era a quantidade de enzima de β-caroteno-oxigenase 2 produzida. Portanto, as fêmeas tinham menos cor porque mais de seu pigmento laranja-avermelhado β-caroteno foi quebrado, deixando menos para coloração de penas. 


Eles suspeitam ainda que o estrogênio possa desempenhar um papel na expressão de BCO2, o que explicaria as diferenças de gênero na coloração da plumagem nos pássaros.


Os resultados sugeriram que as diferenças na coloração ornamental entre os sexos podem evoluir através de mecanismos moleculares simples controlados por genes de maior efeito.

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