Os antigos beixes blindados tinham estratégia de alimentação moderna

Um enorme peixe gigante blindado que vivia em oceanos e mares no final do período Devoniano há 380 milhões de anos, conhecido como Titanichthys, mostram que ele se alimentava semelhante aos tubarões-frade dos dias modernos, de acordo com os cientistas  Universidade de Zurique e da Universidade de Bristol. O estudo inteiro foi publicado na revista Royal Society Open Science


No final do período devoniano, há milhares de anos, os Titanichthys foram um dos maiores predadores ferozes nos oceanos. Ainda hoje,  não sabendo seu tamanho exato, cientistas estimam que esse o peixe teria cinco metros de comprimento. O peixe Titanichthys tinha uma mandíbula maciça com mais de um metro de comprimento. 


Representação do peixe Titanichthys. 
(Foto: Dmitry Bogdanov)


Ainda hoje, acreditam que oTitanichthys tenha sido um alimentador de suspensão, com a boca aberta no oceano e andando lentamente até conseguir pegar sua presa. Antes de comer, ele anda lentamente  para capturar e comer as altas concentrações de plâncton do mar.


Isso permanece incerto, já que nenhuma evidência fossilizada de estruturas de alimentação em suspensão foi encontrada.


A equipe da pesquisa decidiu investigar por completo e comparando a mandíbula inferior do peixe Titanichthys com as de outras espécies. 


"Descobrimos que Titanichthys provavelmente era um alimentador de suspensão, mostrando que sua mandíbula inferior era consideravelmente menos mecanicamente robusta do que as de outras espécies de placoderme que se alimentavam de presas grandes ou com casca dura", disse Sam Coatham, principal autor do estudo.


O pesquisador Sam Coatham realizou a pesquisa enquanto estudava para seu mestrado em paleobiologia na Escola de Ciências da Terra da Universidade de Bristol.


O estudo foi inteiramente focado nos fósseis de Titanichthys descobertos em uma parte marroquina do deserto do Saara, África pelo co-autor do estudo Christian Klug, que é pesquisador da Universidade de Zurique.


"Nossos métodos podem ser estendidos para identificar outras espécies no registro fóssil e investigar se havia fatores comuns que impulsionam a evolução e extinção dessas espécies", disse Coatham.


A equipe realizou o teste através da resiliência dos maxilares aplicando virtualmente forças nos maxilares, usando uma técnica chamada Análise de Elementos Finitos (FEA) para avaliar a probabilidade de cada maxilar se poderia quebrar ou dobrar.


Nisso, revelou que a mandíbula inferior do Titanichthys era menos resistente e era provável que se rompesse do que as das outras espécies de placoderma, como o famoso Dunkleosteus.


Portanto, a mandíbula do Titanichthys não poderia ser capaz de suportar as tensões altas associadas às suas estratégias de alimentar  presas grandes, significando que o Titanichthys não seria capaz de se alimentar de presas maiores.


As análises posteriores revelaram que o Titanichthys exibia seus padrões de estresse ao longo de sua mandíbula semelhantes aos encontrados no tubarão-frade que alimenta a suspensão.


O estudo fala sobre alimentação dos antigos peixes blindados antigos que habitavam os oceanos e mares. 

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