A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) declarou ontem (06/04) que encontrou e apreendeu mais de 19.000 artefatos arqueológicos roubados e outras obras de arte.
A operação global resultou na prisão de 101 suspeitos. Os indivíduos operavam dentro de redes criminosas que trafegavam obras roubadas de sítios arqueológicos e museus, além de obras de arte de países devastados pela guerra.
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| A Polícia Nacional Espanhola recuperou uma única máscara de ouro Tumaco. (Foto: INTERPOL) |
A recuperação se enquadra em duas grandes operações, Athena II e Pandora IV, lideradas pela INTERPOL, a Organização Mundial das Alfândegas (OMA) e outros organismos europeus. As duas operações ocorreram no outono de 2019 e abrangeram mais de 130 países. A INTERPOL divulgou os detalhes das operações ontem "devido a razões operacionais".
“Os bens roubados incluíam moedas de diferentes períodos, objetos arqueológicos, cerâmica, armas históricas, pinturas e fósseis. Objetos facilitadores, como detectores de metais, também foram apreendidos ”, afirmou o comunicado à imprensa.
Trezentas investigações foram abertas como parte dessa ação coordenada por várias agências de aplicação da fraude.
Segundo a INTERPOL, a Alfândega afegã apreendeu 971 objetos culturais no aeroporto de Cabul que estavam prestes a partir para Istambul.
Enquanto isso, a Polícia Nacional Espanhola, em colaboração com a Polícia Colombiana, apreendeu em um aeroporto de Madri objetos pré-colombianos raros adquiridos ilegalmente através de saques na Colômbia, informou a INTERPOL.
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| (Foto: via Marroco World News) |
As autoridades colombianas realizaram posteriormente buscas domiciliares em Bogotá, que resultaram na apreensão de 242 objetos pré-colombianos adicionais. Essa operação foi a maior apreensão já realizada na história do país.
Na Argentina, a Força Policial Federal apreendeu 2.500 moedas antigas, enquanto a Polícia Estadual da Letônia apreendeu um total de 1.375 moedas.
Além de bens preciosos, seis forças policiais européias apreenderam oito detectores de metais que serviram como ferramentas para os traficantes rastrearem moedas e jóias antigas.
"O número de prisões e objetos mostra a escala e o alcance global do comércio ilícito de artefatos culturais, onde todos os países com uma rica herança são um alvo em potencial", disse o secretário geral da INTERPOL, Jurgen Stock.
A INTERPOL disse que esta é a segunda vez que une forças com a OMA e a Europol para combater o comércio ilícito de patrimônio cultural.
"A organização acrescentou que muitas das atividades da operação foram decididas e conduzidas em conjunto pelas autoridades locais, com o apoio e a participação de especialistas dos ministérios da cultura e de outras agências e instituições relevantes",
disse em notícia o Marroco World News.
Tradução: RAN
- Taha Mebtoul