Ancestral de 14.000 mil anos de nativos americanos é encontrado na Rússia

Os pesquisadores do Instituto Max Planck para a Ciência da História Humana, He Yu e os seus colegas analisaram o DNA extraído de um fragmento de dente com 14.000 mil anos quando foi desenterrado por arqueólogos no centro-sul da Rússia na década dos anos 1970.

Um antigo dente com 14.000 mil anos pertencente a um primo mais próximo dos nativos americanos dos dias de hoje encontraram milhares de quilômetros da massa de terra que antes ligava a Eurásia e as Américas. O estudo foi publicado na Science Magazine.  

Dente bem fragmentado pertencente a um primo próximo dos nativos americanos dos dias de hoje. (Foto: G. Pavlenok)

Década de 70, os arqueólogos russos escavam em um local chamado Ust-Kyakhta entre as margens do sul do lago Baikal e a fronteira da Mongólia no centro-sul da Rússia. Automaticamente eles recuperaram milhares de ferramentas feitas de pedra, ossos, cerâmica e ossos de rena, peixe e além de uma antiga lasca de dente humano.

O local Ust-Kyakhta, na Sibéria, fica hoje situado entre o Lago Baikal e a fronteira da Mongólia. 

O atual ambiente frio na Sibéria favorece a preservação do DNA. A equipe realizou uma sequencia do genoma da polpa dentária. 

Arqueólogos russos em 1976 escavando em Ust-Kyakhta-3 nas margens do rio Selenga. (Foto: AP Okladnikov)

Através de datas usadas de radiocarbono de carvão e ossos ao lado do dente, pesquisadores calcularam que essa polpa dentária teria cerca de 14.000 mil anos de idade e o genoma mostrou que o indivíduo  era um homem. Esse mesmo homem compartilha a sua mesma mistura distinta de ascendência do Leste Asiático e da Eurásia que os nativos americanos de hoje. Ele morava a 4.500 quilômetros de Beringia. 

Pesquisadores descobriram, há cerca de 3.000 quilômetros de Ust-Kyakhta, no nordeste da Sibéria, restos de uma antiga mulher mesolítica cujo seu genoma compartilha terços de seu DNA com os nativos-americanos ainda vivos. 
Postagem Anterior Próxima Postagem