Escavações na Caverna Chiquihuite, em uma área montanhosa localizada ao norte do México, 1.900 artefatos feitos de pedra em uma sequência estratificada de 3 m de profundidade, em uma pequena seção da caverna de grande altitude. Essa mesma caverna foi visitada por humanos cerca de 30.000 mil anos atrás.
Através de análises arqueológicas das ferramentas de pedra e a análise de DNA dos sedimentos da caverna descobriram uma nova história da colonização das Américas, que agora traça evidências dos primeiros americanos de 25.000 a 30.000 anos. O artigo e os resultados da equipe foram publicados na revista Nature (2020).
Membros da equipe entrando na caverna de Chiquihuite, México. (Foto: Devlin A. Gandy) |
Esse estudo desafia a teoria criada por outros pesquisadoras de que o povo Clovis foi o primeiro habitante humano das Américas há 15.000 anos.
O local da caverna de Chiquihuite está em uma área do México que hoje é controlada por hrandes cartéis de drogas. Os acadêmicos do estudi foram escoltados e protegidos pela polícia armada até a base da montanha antes de chegarem à caverna a pé.
"Identificamos o DNA de uma grande variedade de animais, incluindo ursos pretos, roedores, morcegos, ratazanas e até ratos canguru. essas pessoas provavelmente teriam voltado por alguns meses por ano para explorar os recursos naturais recorrentes disponíveis e depois seguir em frente. Provavelmente quando os rebanhos de grandes mamíferos estariam na área e tivessem pouca experiência com os seres humanos, então eles teriam presa fácil", disse o Dr. Mikkel Winther Pedersen, geneticista da Universidade de Copenhague e um dos primeiros autores do artigo.
Os membros da equipe fazem uma amostragem cuidadosa das diferentes camadas culturais da caverna. (Foto: Devlin A. Gandy) |
"A localização da Caverna Chiquihuite definitivamente reescreve o que foi ensinado convencionalmente em história e arqueologia e mostra que precisamos repensar onde procuramos os locais das pessoas mais antigas das Américas".
Os resultados do estudo fornecem novas evidências para a antiguidade dos seres humanos nas Américas, e que ilustram também a diversidade cultural dos primeiros grupos de dispersão humanos.