O milho conecta as gerações dos maias na América Latina

Em um artigo, que fala sobre o milho dos antigos maias e na América Latina foi publicado na Universidade de Leiden, de Países Baixos. 


O milho tem uma rica tradição na culinária da América Latina há anos. O número de pratos feitos com que consomem no México é definitivamente imenso. Lá, existeuma enorme variedade com todos os tipos de milho. O milho se origina de uma planta chamada de Teosinte, tipo de grama mexicana que os maias as cultivavam entre 8.000 a 14.000 mil anos atrás. 


O milho era o principal cereal e cultivo dos Maias e também era cultivado não apenas nos campos, mas também em vales e colinas rochosas na mesoamerica.


A grande fascinação vinda do antropólogo Llanes Ortiz pelo milho na antiga cultura maia começou há tempos atrás. Como antropólogo da Faculdade de Arqueologia de Leiden, ele notou quantos festivais de milho haviam em seu país, o México e que a linha de sua tradição maia de orar pelos campos de milho haviam se transformado em orações em massa nesses festivais.


O senhor Genner Llanes Ortiz, que é Maia, nasceu e foi criado na província de Yucatan, México. Ele estudou antropologia social na Universidade Autônoma de Yucatan (UADY) e obteve seu doutorado na Universidade de Sussex. Também é professor na Faculdade de Arqueologia da Universidade de Leiden e membro do Centro de Estudos das Américas Indígenas.


Yum Kax, deus da agricultura maia, lançado grãos de milho para uma divindade com um cocar de serpente representando campos férteis. A ilustração é uma reprodução, hoje fica no Museu da Universidade da Pensilvânia, gravada pelos maias da Guatemala há mais de 1.000 mil anos. (Foto: Herbert M. Herget)


Depois de estudar o relacionamento dos maias com o milho no passado antigo e no presente, ele espera ter uma ideia de como os maias lidam com sua herança cultural, como transmitem sua cultura e o que isso significa para eles nesses dias atuais. 


Biólogos já reconstruíram como transformaram essa planta daninha em uma planta comestível, mas como o milho se espalhou entre todos os povos indígenas da América do Sul e do Norte ainda é um mistério. 


Para os maias, o milho é mais que um alimento, é algo sagrado. De acordo com a história da criação maia, eles teriam sido criados a partir de farinha de milho. E o milho ainda desempenha um importante papel religioso e espiritual na vida do povo maia hoje. 

 
Os arqueólogos se preocuparam principalmente com a herança clássica deixadas pelos maias.


A história dos povos nativos recebeu pouca atenção, em parte porque poucos registros foram mantidos. Mas o fato de não haver história escrita não significa que nada foi repassado. Isso aconteceu, na forma de desenhos, peças de teatro, representações e imagens.


Llanes acrescenta que os maias têm uma história escrita. Eles usaram hieróglifos para registrar suas histórias religiosas, história e idéias de astronomia em imagens e livros. No entanto, os livros foram sistematicamente destruídos pelos colonizadores durante a inquisição. 


A colonização marginalizou as memórias dos maias. Grande parte de sua cultura foi destruída e isso teve um impacto sobre como sua história foi transmitida. 


As coisas também não melhoraram muito após o período da colonização. Mas, com minha pesquisa sobre o milho, quero mergulhar nas memórias coletivas, o que pode ajudar a restaurar essas memórias.


As antigas cidades maias clássicas podem ser ruínas desertas, mas o povo maia e sua cultura ainda existem. Existem cerca de seis milhões de maias e eles ainda passam suas histórias uns para os outros. Nas mídias sociais, um registro dos jovens maias está se concentrando a atenção em sua identidade. 


'Os jovens maias fazem pleno uso do Instagram, Facebook e YouTube para compartilhar sua cultura uns com os outros. Eles estão ensinando uns aos outros a ler os hieróglifos antigos, constroem memes maias e há muito simbolismo maia nas letras de suas músicas', disse ele.

أحدث أقدم