Desmatamento da Amazônia foi a única coisa que não parou em meio ao coronavírus


Em comparação com mesmo trimestre de 2019, dados divulgados pelo do Ministério Público Federal, mostram que o desmatamento da Floresta Amazônica aumentou 51% em meio a pandemia causada pelo coronavírus.

Para alguns especialistas a crise que o Brasil está vivendo só está servindo para esconder crimes ambientais, para eles é simples: se a fiscalização segue diminuindo, o desmatamento segue aumentando. Isso é comprovado pelo próprio MPF, que confirmou os baixos números de atuações fiscais devido a quarentena, o menor registrado em 20 anos na Amazônia.

(Foto: IBAMA, Fotos Públicas)

Além disso, vale ressaltar que a região Norte do país foi uma das primeiras a ver o sistema de saúde pedir socorro devido aos leitos sobrecarregados e a falta de suporte para atender a grande demanda de pacientes com COVID-19. Segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz, 36% das pessoas que vivem em locais que sofrem com as queimadas e desmatamentos, tem chances maiores de serem internadas com problemas respiratórios. O que agrava a sobrecarga do sistema de saúde da região Amazônica.

“A redução nos autos de infração emitidos pelo Ibama é provavelmente uma das razões. Afinal, se as ações de fiscalização contra o crime na Amazônia diminuem, madeireiros, grileiros e garimpeiros têm estrada aberta, literalmente, para desmatar”, de acordo com o Greenpeace.

“Desde que começou o novo governo, foi implementada uma política antiambiental que enfraqueceu órgãos de controle, seja reduzindo orçamento, seja afastando ou mudando posições estratégicas ou reduzindo o número de fiscalizações”, explicou Cristiane Mazzetti, uma das ambientalistas e responsáveis da “Campanha da Amazônia” da ONG Greenpeace, em entrevista ao Brasil de Fato.

A gerente ambiental também aproveitou para avisar que os crimes ambientais não podem cair no esquecimento dos governantes. “A gente entende que tem uma prioridade de conter essa crise na saúde, mas também o meio ambiente não pode ser deixado de lado. Mesmo porque, esses agentes que entram na floresta podem ser também agentes que vão transmitir a doença para populações mais vulneráveis: povos indígenas, comunidades tradicionais, pequenos agricultores”, diz.

Noticiado por: Glamour
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