Reconstrução do crânio de um roedor gigante e extinto de dois milhões de anos

O Leithia melitensis, um roedor do Pleistoceno da Sicília, cujo seu tamanho corporal é excepcionalmente grande em comparação ao de qualquer espécie de arganaz existente hoje em dia. O conhecimento da morfologia craniana desta espécie gigante é limitada, pois o material craniano é raro e é fragmentário.


Uma equipe de paleontologistas da Suiça, Reino Unido e da Itália desenvolveram a primeira reconstrução digital de crânio de uma Leithia melitensis, um roedor gigante e extinto que viveu em regiões na Sicília e em Malta há cerca de dois milhões de anos.


Após a descoberta de um conglomerado fóssil representando um segmento do chão de uma caverna de Poggio Schinaldo, na Sicília, apresentou uma oportunidade excepcional para reconstruir o crânio do Leithia melitensis. O artigo do estudo pode ser visto no Open Quaternary


Ilustração a dormita gigante Leithia melitensis (esquerda) e seu parente vivo próximo, a dormita de jardim (direita). (Foto: James Sadler / Universidade de York)


O Poggio Schinaldo é uma pequena caverna de teto baixo com aproximadamente 15 m de diâmetro, ao noroeste da Sicília. Essa mesma caverna foi descoberta durante a construção de uma rodovia, em 1976.


Um aluno da Hull York Medical School, uma Faculdade de medicina da Inglaterra reuniu digitalmente alguns dos fragmentos fossilizados de cinco crânios de arganaz gigantes para reconstruir o primeiro crânio completo conhecido da espécie gigante. O arganaz ou lirão são termos designados para as espécies de roedores da família dos glirídeos. São roedores.


No estudo, os pesquisadores fizeram uma estimativa de que o gigante roedor extinto era do tamanho de um gato normal, o que a torna maior espécie de ratoeira já identificada. O crânio, que foi reconstruído por eles digitalmente tem 10 cm de comprimento.


Após a varredura através de microCT, pelo menos cinco cranianos foram extraídos digitalmente do conglomerado. Um crânio composto do crânio parcial foi reconstruído com o uso de técnicas de fusão e deformação, resultando na melhor morfologia do crânio dessa espécie.


Crânio composto de Leithia melitensis . Letra (A). vista dorsal, (B). vista ventral, (C). vista anterior, (D). vista posterior, (E). vista lateral esquerda. (Foto: Universidade de York)


Um conglomerado fóssil descoberto fazia parte do chão da caverna, onde continha uma mistura de material craniano e também pós-craniano de animais, pássaros e roedores, onde o aluno Jesse Hennekamo encontrou. O fóssil foi encontrado na laje que tem 22 cm de largura e 27 cm de comprimento. Quando o material osteológico foi encontrado, estava empilhado de cima para baixo.


No estudo, o modelo composto da dormita gigantesca Leithia melitensis esclareceu algumas das características cranianas desta espécie. 


No futuro, os pesquisadores acreditam que essa reconstrução tenha um papel importante em pesquisas para melhor compreensão das causas pelos quais pequenos animais evoluem com tamanhos corporais.

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