Novo estudo revela como a metamorfose moldou a evolução e o destino das salamandras

Uma equipe de cientistas, liderada pela pesquisadora de pós-doutorado do Museu de História Natural Dra. Anne-Claire Fabre, conduziu o novo estudo que aborda sobre como a metamorfose influenciou a evolução das salamandras. No estudo, a equipe fez uso de microtomografia computadorizada ou também (μCT) para estudar os crânios desse grupo de animais, as salamandras.


Nesse primeiro estudo a quipe conseguiu criar um conjunto de dados de 148 espécies de salamandras abrangendo toda a diversidade filogenética, de desenvolvimento e ecológica da ordem. 


Também fizeram uso de métodos avançados para descrever a forma do crânio com quase 1000 pontos de referência, conhecidos como marcos. O estudo é publicado na revista Nature Ecology & Evolution


Lagarto do gênero Gecko ou Gekkonidae. 
(Foto: Wgbieber)


Os resultados do estudo mostrou que o ancestral de todas as salamandras era um do tipo metamórfico, mas que diferentes ciclos de vida evoluíram pelo menos 11 vezes no grupo. 


A equipe descobriu que as diferentes partes do crânio nem sempre evoluem da mesma maneira. Nas espécies que sofrem com o metamorfismo, as diferentes partes do crânio evoluem de forma mais independente, de acordo com os pesquisadores.


Geralmente resulta em mais diversidade, especialmente na especialização por diferentes comportamentos alimentares. Essa flexibilidade é particularmente útil em espécies metamórficas, pois elas mudam suas dietas alimentares ao longo da sua vida.


Mais da metade dos vertebrados e dos insetos passam por metamorfose, o que requer grandes mudanças na anatomia e ecologia ao longo da vida. Por que um processo tão complicado seria tão comum é mais um grande mistério.


Eles demonstraram que o ciclo de vida influencia a diversidade da forma craniana e a taxa de evolução.


Este novo estudo mostrou também que o metamorfismo tem um enorme impacto na evolução das salamandras em um campo social  e isso poderá ajudar a explicar sua incrivelmente diversidade em anatomia, permitindo uma independência evolutiva com diferentes estruturas.


A equipe conclui que essa maior evolução independente de partes do crânio pode ser parte da razão pela qual espécies metamórficas mostram muita diversidade em muitos outros grupos e pode ser a razão pela qual esse ciclo de vida extremamente complexo é tão comum entre os animais. 


O projeto faz parte de um estudo amplo da evolução do crânio em todos os vertebrados do mundo. Seu plano é tentar capturar a forma de vida no planeta e entender como fatores como ciclos de vida, ecologia, habitat e extinção direcionam a diversidade de espécies no passado, presente e futuro. 


Nos últimos anos, a equipe publicou vários estudos que, usando essa abordagem mais inovadora em aves, cobras, lagartos, sapos e anfíbios caecilianos, com estudos de dinossauros, crocodilos, tartarugas e mamíferos em breve.


Eles esperam que o estudo ajude a prever como as espécies com os diferentes ciclos de vida poderiam responder às mudanças no clima e muitos outros fatores ambientais no futuro e como podem ajudar a protegê-las.

Postagem Anterior Próxima Postagem